* Schwarz und Weiß = Preto e Branco

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Que Se Perde Enquanto Os Olhos Piscam

Pronde vai?
Toda tampa de caneta?
Todo recibo de estacionamento?
Todo documento original?
Isqueiro, caderneta,
A camiseta com aquele sinal...
Pronde vai... toda palheta?
Pronde foi... todo nosso carnaval?

Pronde vai?
Todo abridor de lata?
Toda carteira de habilitação?
Recado não dado, centavo, cadeado?
Todo guarda-chuva!
Pra fuga pro temporal!
Pronde vai... o achado, o perdido?
Eu não sei, veja bem...
Não me leve a mal...

Pronde vai?
Todo outro pé de meia,
Carteira, brinco e aparelho dental?
Pronde vai... toda diadema?
Recibo, receita e o nosso enredo inicial?

Pronde vai?
Toalha de acampamento,
Presilha, grampo, batom de cacau
Elástico de cabelo
Lápis, óculos, clips, lente de contato?
A nossa má memória!
A denúncia no jornal?
Pronde vai... aliança, chaveiro, chave, chinelo?
E o controle pra trocar canal?

Pronde vai?
O solo que não foi escrito?
Labareda nesse labirinto,
O instinto, o reflexo, sem seguro
O coro do Socorro! O lançamento oficial!
Pronde vai... a culpa da cópia?
Pronde foi... a versão original!?

Pronde vai?
A bala que se disparô?
O indício do vício que disseminou?
A busca do corpo por algo vital?
A firmação do pulso! O discurso radical!
O troco em moeda... a lição da queda
Pronde foi... nosso humor e moral?
Pronde vai? Todo nosso desalento
Morre brisa nasce vendaval
Pronde vai a reza vencida pelo sono?
Ela vale? Me fale... me de um sinal!

São longuinho
Me fale me de um sinal!

Pra onde foi?
O canhoto, benjamim de tomada
Simpleza, prudência, clareza... consideração!
Autenticidade, compaixão, certeza, o pudor e o perdão
A urgência, carregador de bateria,
Extrato, a ponta, a conta nova, a cola a e a extensão,
O estímulo, o exemplo, a voz dissonante...
A coragem do meu coração!

São Longuinho, São Longuinho
A coragem do meu coração!

[O Teatro Mágico]

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